Influenciada pela série de TV de mesmo nome resolvi começar a ler a saga que deu sua origem. Coloquei na cabeça que não criaria nenhuma expectativa em relação ao seriado, e deu certo.
Começamos a saga pelo livro Diários do Vampiro – O Despertar, existe uma comparação precipitada dele com o livro Crepúsculo da Stephanie Meyer. Além da falta de conhecimento das pessoas, a editora é um pouco “culpada” nisso pois, enquanto Crepúsculo foi lançado no Brasil em 2008 o primeiro volume de Diários do Vampiro só ganhou sua tradução aqui no Brasil em 2009. Mas o que poucos sabem é que o mesmo foi lançado nos EUA em 1991.
Sendo então, uma história de mais de vinte anos, não esperem um livro para jovens adultos pois não contém uma linguagem adolescente. Também não vou detalhar a série aqui na resenha pois pretendo em breve, fazer uma crítica só do seriado. Enfim, poderia sim, Stephanie Meyer ter usado um pouco desse universo para a sua saga, no entanto, enquanto ela tem mais delongas e se preocupa mais com detalhes e adjetivos em sua escrita, L.J. Smith tem uma escrita adulta, rápida e objetiva.
O livro conta a história de Elena Gilbert, a garota mais bela e popular da escola na cidade de Fell’s Church. Elena tem características insuportáveis como, ser mimada por tudo e por todos, querer toda a atenção dada a ela exclusivamente custasse o que custar e odiava ser rejeitada ou colocado como segunda opção, ou seja, a típica patricinha fútil que todo mundo odeia. Apesar de toda esta atenção e de ser adorada por todos, Elena nunca se sentiu completa e vivia como se estivesse vazia, solitária.
Estava começando a abominá-la até a chegada de um novo aluno na escola, Stefan Salvatore – um rapaz, misterioso, perfeito e absurdamente atraente. Obviamente, Elena acaba ficando interessada no calouro e já começa a jogar todos os seus encantos para cima dele. Ela estava tão focada e determinada em conquistar aquele rapaz que acaba criando uma certa obsessão que nem ela poderia explicar direito. Sem sucesso em suas investidas, ela é totalmente esnobada e ignorada por Stefan. Mas por quê?
Stefan tem dois motivos para evitá-la, o principal é: ele era um vampiro. E apesar de evitar se alimentar de sangue humano, mesmo assim, continua sendo um, uma criatura imortal e assombrada por um passado trágico que lhe custou anos de solidão e também de um ódio eterno do seu irmão, Damon. O seu segundo motivo era a própria Elena, devido a sua semelhança que o fazia lembrar de um grande amor do passado, Katherine.
Damon é o inverso de Stefan, um vampiro cruel que mata friamente, sombrio e sedutor. Tinha exatamente tudo que um vampiro precisa para seduzir suas vítimas. Damon persegue seu irmão há anos, motivado exclusivamente por raiva e vingança. Há 200 anos, Damon também caiu apaixonado por Katherine, que mantinha este perigoso triângulo amoroso.
Ao decorrer da história Stefan acaba cedendo a Elena e como se tivessem sido feitos um para o outro se rendem a um amor único. Bem… eu acredito sim, em amor à primeira vista porém, achei esta parte do livro bem corrida, talvez por este e alguns outros detalhes eu tenha achado tudo meio confuso devido a falta de explicações ou uma certa ponte que pudesse juntar alguns fatos. Mas OK! Elena acaba descobrindo o segredo e a verdadeira identidade de Stefan, mas já era tarde, ela estava perdidamente apaixonada por ele e era correspondida com a mesma intensidade.

Confira a crítica de The Vampire Diaries

Acontecimentos recentes começam a preocupar a cidade e tudo isso começou a acontecer após a chegada de Stefan e eu nem preciso falar que algumas pessoas começam a juntar os fatos e achar tudo muito suspeito. Neste meio tempo, Damon dá um jeitinho de se apresentar à Elena, pessoalmente é claro. E com todo seu humor e sarcasmo, ela fica transtornada com o encontro, principalmente pelo jeito perturbador de Damon.
O livro basicamente é uma introdução do enredo, dos personagens e suas personalidades. Não vou contar o final, mas posso adiantar que é um daqueles que você fecha o livro e diz – sério? Confesso que por este final fiquei convencida a continuar acompanhando a saga. Não foi uma leitura nota cinco, mas senti um potencial na história e fiquei instigada a ler o restante. Outro ponto bacana do livro é o detalhe de personalidades que a autora dá para cada personagem, você acaba conhecendo bem os personagens secundários e isso te deixa mais envolvida, não fica de jeito nenhum naquela mesmice dos protagonistas, você acaba querendo saber também sobre os outros no enredo.
Não se iludam muito, Damon neste primeiro livro não é nada parecido com o Damon da série de TV, sua presença é marcante mas aparece bem pouco. Se permitam confiar no livro e se deixem levar pela história, pelo menos eu estou apostando minhas fichas 😉

  • Vampire Diaries – The Awakening
  • Autor: L.J. Smith
  • Tradução: Cristina Vaz
  • Ano: 2009
  • Editora: Galera Record
  • Páginas: 240
  • Amazon

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