Noé – Crítica

17 maio, 2014 Por Lili Dalpizol

Esta refilmagem de Noé não se trata de um filme “bíblico”. Ouvi de algumas pessoas que se decepcionaram com o filme, pois esperavam o contexto bíblico explícito ao longo do filme, o que não aconteceu nesse filme. Trata-se de um filme de ação, épico. Um filme muito bom por sinal. Com muitos efeitos visuais, uma história envolvente e instigante. Noé (Russel Crowe), neste filme, não é abordado como uma pessoa extremamente bondosa, ou “santificada”, pelo contrário, o filme trás Nóe como uma pessoa comum, se esforçando para acertar de acordo com os ensinamentos divinos. Um guerreiro, que luta pela sua sobrevivência e da sua família, numa terra desolada e com muitos males.

O filme inicia explicando a Gênesis, o começo de tudo. Com o fruto proibido (maçã!) os descendentes de Caim trouxeram para a humanidade violência e maldade, onde pessoas se voltam contra outras pessoas, e tudo é resolvido com lutas. Os descendentes de Seth, são as pessoas boas e puras, que se esforçam para mudar o mundo, cuidando de animais e plantas, enquanto os descendentes de Caim destruíram tudo. Os descendentes de Caim, não gostavam dos descendentes de Seth (obviamente) e começaram a matar todos estes. Nóe vê seu pai sendo morto, e se esconde, sendo o último descendente de Seth vivo.

O tempo passa, e Noé cresce, torna-se um sobrevivente neste mundo horrível. Casa-se com Naameh (Jennifer Connely) e tem três filhos, Shem (Douglas Booth), Ham (Logan Lerman) e Jafé (Leo McHugh Carroll). Certo dia, Noé recebe uma mensagem do Criador, através de sonho, que deve encontrar seu Matusalém (Anthony Hopkins). Durante o caminho, eles passam por uma cidade devastada e escutam o choro de uma criança. Tratava-se de Ila (Emma Watson) que passa a viver com a família.
Com Matusalém, Noé percebe sua real missão. Deve construir uma arca, para que apenas os puros pudessem entrar, e assim, quando o criador decidisse, iria inundar tudo, e fornecer um novo começo, sem a humanidade. Ele passa anos construindo a arca, com a ajuda dos filhos e dos “anjos caídos” (que só começaram a ajudar Noé quando tiveram certeza que ele era o escolhido do Criador). Aos poucos, todos os animais começam a ir para a arca, animais de todos os tipos, e logo, a história da arca começa a se espalhar. Homens marcham para a direção da arca, e exigem um lugar para eles, pois também se achavam dignos.

Quando o dilúvio finalmente chega, o caos se instala. Todos querem um lugar, há guerra, e Noé beira ao fanatismo, uma vez que milhares de vidas são perdidas, já que apenas a família de Noé entra na arca. Ila fica grávida (graças a Matusalém, pois ela era estéril), e Noé, levando ao pé da letra a mensagem recebida, marca a criança de morte, caso seja uma menina, pois eles que estavam na arca, iam todos morrer, não podendo levar adiante a humanidade.

Achei as atuações muito boas, a meu ver, os destaques são muitos! Gostei muito Russel com Noé, Emma com Ila tem cenas emocionantes e igualmente Logan com Ham. Os efeitos visuais, como eu já tinha comentado antes, é muito bom, do início ao fim do filme, que nos proporcionam bons momentos. Este filme não é baseado nos fatos religiosos, é um filme voltado para ação e fantasia, e tem o enfoque nas lutas e divergências. É um filme muito bom, em diversos aspectos e vale muito a pena ver! Não vou contar mais sobre ele, para não estragar a surpresa, mas garanto, que além do que contei, muitas coisas acontecem, deixando o telespectador completamente aflito. XO!

  • Noah
  • Lançamento: 2014
  • Com: Russel Crowe, Jennifer Connelly, Emma Watson
  • Gênero: Fantasia, Épico
  • Direção: Darren Aronofsky

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