Divergente acabou do nada. Simplesmente do nada. E Insurgente começou assim também. Depois que Tris e Tobias e outros de seus colegas acabam virando fugitivos por motivos do livro anterior, eles tem que dar um jeito de permanecerem vivos. Logo no inicio do livro eles acabam encontrando uma forma. Acabam se abrigando em uma facção até eles resolverem o que deverá ser feito e depois disso, vem a ação.
A escrita da autora Veronica Roth continua da mesma forma, porém a trama foge um pouco do que estávamos acostumados com apenas o primeiro livro da trilogia. Vemos agora uma Tris mais forte já que ela tem que começar a lidar com as mortes que presenciou no passado e na maioria das vezes isso podo incomodar alguns leitores.
No inicio até aceitamos o fato dela estar abalada com isso, só que depois a autora força demais a dor, até que finalmente faz a personagem ficar mais forte com isso, como se a Tris usasse tudo aquilo como um escudo para se proteger, porém em um ponto do livro esse “escudo” quebrou e a nossa personagem principal volta a ficar mole até fazer uma loucura. Enquanto Tris está fazendo essa “loucura” nós vemos muitos membros de facções se aliando aos “sem-facções”. Nesse livro somos introduzidos a uma personagem importante que não liga em apenas manter a paz e acabar com os planos de Jeanine, pois ela também quer o poder e durante essa aliança fica muito claro suas reais intenções em tudo aquilo.

E agora focando na relação entre a Tris e o Tobias você deve saber que fica um pouco chata. Alguns momentos são legais, porém Tris é um pouco teimosa em alguns pontos e eles acabam brigando quase toda hora e então depois de um tempo tudo está novamente certo. Até eles brigarem novamente e todo aquele ciclo se iniciar mais uma vez. Isso é praticamente no livro inteiro, então tem que aguentar e ler com calma para não arremessar o livro pela janela (mas se você gosta de briga toda hora, então tá tudo OK, você vai amar essa relação conturbada dos dois). Só que eu tenho que admitir que quando eles não estão brigando a cena fica realmente fofa e derrete corações.

Fora Tris e Tobias temos uma outro casal no livro que eu acho que não posso falar pois seria spoiler, mas fiquem ligados pois você vai achar alguma coisa ligada com esse casal e no final você vai descobrir que é outra coisa. Neste casal esta ligada uma outra pessoa e é as coisas do casal com está pessoa que vai explodir sua mente no final quando tudo vier a tona. Bom, eu pelo menos não desconfiava, até que li com os meus próprios olhos. Em relação as mortes, se prepare, Veronica Roth pode ser considerada filha de George R.R. Martin, autor de As Crônicas de Gelo e Fogo. Algumas vão doer, outras nem tanto. Isso vai de cada leitor e do quanto o leitor se apegou a tal personagem em questão.

Mas voltando ao livro em si. Vale a pena ler para saber como é a continuação, e quem ler vai ter que ler o próximo pois Insurgente acaba da mesma forma que foi Divergente: sem um final certo. Temos é claro, algo importante que acabamos descobrindo, que levam as consequências para o próximo livro. Resumindo: o livro é cheio de reviravoltas. Em alguma hora vamos amar tal personagem e depois não. Uma hora vamos querer tal personagem morto e depois nos arrependemos disso.

Acordo com o nome dele na boca. Will. Antes de abrir os olhos, vejo -o desabar sobre o asfalto novamente. Morto.

E não, eu não acho que este livro seja melhor que Divergente. Como já conhecemos a maioria dos personagens fica um pouco chato, ver eles mudando toda hora de personalidade, por exemplo no caso da Tris que fica fraca, forte e novamente fraca. Ainda por cima temos uma traição no meio de tudo isso, que deixa os fãs da série de boca aberta. Se você já leu não deixe de comentar o que achou e se você ainda não leu, comente o que espera do livro.

  • Insurgent
  • Autor: Veronica Roth
  • Tradução: Lucas Peterson
  • Ano: 2013
  • Editora: Rocco
  • Páginas: 511
  • Amazon

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