Assistir ao um filme, antes que todo o mundo, com certeza é o desejo de muitas pessoas, ainda mais quando este filme faz parte de uma grande franquia como virou Divergente. Culpa do seu público. Foi uma grande satisfação, mas ao mesmo tempo, quando pisei fora do cinema, veio o peso de uma grande responsabilidade. Então, minha opinião será totalmente baseada no que vi, sem comparações com o livro.
Ao contrário do que vimos no final de Insurgente, a população de Chicago ainda não conseguiu atravessar o muro que os cercavam. Evelyn (Naomi Watts) juntamente com outros lideres das facções remanescentes, tentam encontrar a melhor forma de agir diante esta nova realidade, afinal, todos ali faziam parte de um grande experimento. Será que vale a pena descobrir o mundo além do muro?
Após a queda de Jeanine (Kate Winslet), Evelyn tenta, não tão sabiamente assim, controlar o que restou das facções. O que desagrada não só outros membros e lideres, mas também Four (não consigo chamar de Quatro) e Tris que pretendem atravessar o muro custe o que custar. Para Evelyn, o muro os mantinham ocultos, e agora, diante da verdade, também pode mantê-los seguros até que possam conhecer o que tem do lado de fora.

Os roteiristas fizeram jus ao nome do filme, e conseguiram trazer para o público os novos conflitos que a sociedade de Chicago passa a viver. Os discussões que se seguirão diante esta nova visão, transformam Convergente em uma boa ficção cientifica pós apocalítica. É interessante perceber os personagens se agarrarem aos princípios de suas antigas facções e aqueles que buscam se livrar desse controle que os aprisionavam.Logo que inicia o filme, notamos facilmente, a maneira, e como que tudo se desencadeia. Os ideais de Johanna, a busca pelo desconhecido por parte de Tris e a necessidade de controle de Evelyn. Do outro lado do muro, descobrimos focos de uma sociedade mais evoluída, porém, ainda mais limitada e fortemente devastada pelas consequências de seus experimentos. Esta nova realidade irá confrontar Tris e Four de formas diferentes, fazendo com que tenham percepções distintas dos prós e contras do resto do mundo e do que é certo e errado. Este novo mundo, aos poucos, também revela-se com rachaduras.

Eu gostei do que vi, achei que os roteiristas não deixaram buracos no enredo e conseguiram manter a ordem dos acontecimentos num ritmo bom para quem não tem como base o livro escrito por Veronica Roth. Se pretendem dar um outro rumo na história em Ascendente, acredito que este seja o rumo certo. A partir de agora, eu realmente não sei o que esperar da próxima e última adaptação, se é que poderemos chama-la assim quando vier.

Mas também, nem tudo me agradou. Mesmo com um elenco de peso (e a cada filme maior), ainda não vejo interpretações expressivas. Muitos atores, nesta adaptação, passaram totalmente despercebidos, o que é uma pena. Shailene, mantém sua atuação morna, e apesar dela ser a protagonista da franquia, em Convergente, o grande destaque com certeza se deve a Theo James. Com cenas de ação e lutas bem coreografadas, o ator personifica Four, os propósitos e decisões do personagem.

Ao longo do filme notamos um pouco mais de foco na relação de Tris e Four. As primeiras fraquezas desse relacionamento será responsável por alguns conflitos na trama, o que acaba sendo um desenrolar bem convincente. Com certeza, isso deve agradar os fãs que mal viram o casal em cena da adaptação de Insurgente.

Eu realmente gostei desse novo tom que temos em Convergente. Quando em Divergente tínhamos uma história distópica adolescente, agora vejo a série tomar proporções maiores, possivelmente, agradando um outro tipo de público. O filme tem direito a ótimos e razoáveis efeitos especiais, preciso ser sincera. Quanto a isso nem tudo me agradou, mas como um todo, as cenas convenceram. Concluindo, Convergente cumpre seu papel, entretêm e diverte. Garanto um bom enredo e da melhor maneira possível, o filme é bem executado. A estreia é nesta quinta-feira, dia 10 de março, então não deixem de conferir. 

  • Allegiant
  • Lançamento: 2016
  • Com: Shailene Woodley, Theo James, Jeff Daniels, Miles Teller
  • Gênero: Ficção Científica, Aventura, Ação
  • Direção: Robert Schwentke

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