Nunca o nome de um filme veio tanto a calhar! Com certeza Star Wars despertou novamente e seus fãs também. Com a chegada do filme, foram muitas as editoras que resolveram trazer de volta muitos dos livros e séries que envolvem o universo de Star Wars. Com a Seguinte não foi diferente. A editora trouxe sete títulos, com edições lindas e uma história mais gostosa que a outra.
Estrelas Perdidas é uma dessas histórias. Com um enredo surpreendente e original, Claudia Gray me convenceu, em muitos sentidos. Neste livro teremos todos os grandes acontecimentos dos episódios IV, V e VI, porém, apenas como pano de fundo. A saga de Leia, Luke e Han Solo acontece paralelamente a história de Ciena Ree e Thane Kyrell. Desde crianças, embalados pelo mesmo sonho de virarem pilotos oficias do Império, Ciena e Thane modelaram uma amizade forte até a adolescência. Naturais do planeta Jelucan, ambos se agarram neste sonho para poder se juntar a maior força da galáxia.
O treinamento para se tornarem pilotos é duro, mas tanto Ciena quanto Thane se destacam, tornando-se os melhores. Porém, cada vez mais maduros e cada vez mais próximos dos reais acontecimentos do Império, as primeiras desavenças entre o casal começam a surgir, assim como a latente atração que começam a ter um pelo outro.

Thane enxerga com muita mais facilidade as táticas cruéis que o Império usa para conter os Rebeldes, liderados pela Princesa Leia. Os absurdos vão desde a escravidão dos povos mais fracos até a destruição de planetas inteiros. Para Thane isso acaba sendo a gota d’água. Ele até tenta se manter firme em sua posição, afinal, servir ao Império sempre fora seu sonho, mas isso parece não ser o suficiente.

Seguindo este caminho, Estrelas Perdidas é uma boa oportunidade para quem deseja se aventurar pelo universo de Star Wars pela primeira vez, pois não é um livro de narrativa complicada, é um livro de fácil entendimento e fluído. Dentro desta fatia do universo de Star Wars, podemos acompanhar um romance, o que é algo totalmente inusitado, original e natural.

Agora, vamos aos fatos interessante do livro. O que é interessante de perceber é que a autora Claudia Gray, fã inquestionável da saga e autora de diversos títulos, exerce seu papel muito bem. A autora insere diversas dicas do rumo que Star Wars seguirá no episódio VII. Outro ponto relevante é que, Thane quando criança, muito antes dos acontecimentos do episódio IV, é totalmente descrente da existência da Força e isso ele leva por anos até ouvir boatos sobre Luke Skywalker, ou seja, a Força aqui, assim como nos filmes, continua sendo um mito.

No livro conterá um episódio especifico, que antes, fora retratado apenas em jogos. Claudia dá vida a Batalha de Jakku, e quando soube disso eu fiquei extremamente curiosa. Aliás, esta cena em questão é de tirar o fôlego, sabemos enfim, como aquela Star Destroyer caiu no planeta, o mesmo em que a personagem Rey de o Despertar da Força é apresentada escavando. A cena também ilustra a capa do livro.

Esta luta interna de ideais, explorado pela autora, com Ciena e Thane é a cereja do livro. Nós temos dois personagens fortes, determinados e principalmente leais. É maravilhoso sentir exatamente os conflitos que eles sentem quando confrontados com a realidade, que aos poucos vão aparecendo na história. Não há duas medidas, Thane e Ciena sofrem isso de forma constante em suas decisões, ainda mais quando em determinado ponto eles estão em lados diferentes.

Como um todo, Estrelas Perdidas consegue prender o leitor em suas páginas, desde ao fã ao novato. A autora soube ligar muito bem a ordem cronológica da história original com a sua, tornando uma leitura divertida e até intensa em certos momentos. É impossível não fazer a leitura e não lembrar de muitas cenas dos filmes. Sem dúvidas é uma leitura recomendada e essencial para a grande timeline de Star Wars.

  • Lost Stars
  • Autor: Claudia Gray
  • Tradução: Fábio Fernandes
  • Ano: 2015
  • Editora: Seguinte
  • Páginas: 446
  • Amazon

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