Nunca tive muita dificuldade em ler livros. Nunca fui aquele tipo de leitor que demora dias e meses para terminar um livro com cerca de 250 páginas. Mas talvez, seja por sempre ler livros que me chamaram muito a atenção.
Quando comecei a ler O Álbum, estava no metrô, voltando de mais um dia de trabalho. O barulho ao meu redor incomodava, a conversa das pessoas era mais interessante, o maquinista falando qual a próxima estação era muito mais interessante. Pensei: “Estou cansada, quando chegar em casa, começo novamente.”
Comecei novamente, mas a leitura demorou para engrenar. Quando eu me envolvo na leitura, leio em até um dia, dependendo do tamanho do livro, e neste, simplesmente não consegui desenvolver. O Álbum, é sim uma história muito bacana, mas eu sou da opinião que dependendo do que estamos vivendo, precisamos mais de um, ou de outro livro. Então, vamos à uma breve introdução da história.
Adam é um solitário negociante de objetos usados, ele negocia itens que pessoas as vendem em sua loja, e também itens de pessoas falecidas. Adam é separado, recebeu esta triste notícia por e-mail, depois de anos de relacionamento. Neste odioso e-mail, sua ex, conta-lhe inclusive que tem outra pessoa na história. Depois desse trauma, Adam tem certeza que a culpa de não ter dado certo é unicamente sua, e sabe que o amor é uma coisa inventada e sem o menor sentido.

Nesta última sexta do rimar, seu marido nem pode contar quantos abraços te daria sob mais um céu estrelado. Mas a vida é curta para amar, e nos portões do céu vou te esperar, pois, sem você, eu jamais seria e para sempre serei seu amado.

Dessa maneira, Adam surpreende-se com o seu mais novo trabalho. Avaliar e vender os itens estimados, de uma senhora falecida, Huck Alexander. Inicialmente não lhe pareceu nada demais. Apenas itens históricos amarelados e poeirentos que seriam avaliados e vendidos para quem mais lhe pagasse. Em meio a esses itens, Adam descobre um velho álbum. Nele contém diversos cartões postais, de Gabe Alexander, para Huck (Pearl) Alexander. Toda sexta-feira, ao longo de 60 anos, Gabe enviou um cartão postal para Huck.

Adam fica intrigado. Como, ao longo de 60 anos, Gabe teve a motivação de escrever um poema diferente para Huck? E olhando bem, cada poema parece contar um pedaço da história dos dois. Como eles fizeram isso dar certo? Como Huck não achou outra pessoa para preencher o vazio deixado por Gabe? E como Gabe nunca deixou que esse vazio existisse no peito de Huck? Assim, Adam fica com o álbum de cartões postais para ele, e decide ler todos, e mais que isso, decide investigar a história desse intrigante casal.

Pois bem, vocês podem notar, trata-se sim de uma história interessante e encantadora. Mas infelizmente, acho que eu não estava muito para romances nesses meses! Pretendo, em um futuro próximo, ler novamente este livro, e talvez captar detalhes que agora me passaram despercebidos.

Como seres humanos, temos a esperança de ter uma série de coisas. Felicidade. Saúde. Emprego. Filhos. Um parceiro. A eternidade. À medida que madurecemos, começamos a reconhecer uma força misteriosa que é parte de cada um de nós, algo muito mais poderoso que nós mesmos.

Espero que alguém que esteja lendo essa resenha, e já tenha lido este livro, conte aqui, o que achou, se fui a única com essa sensação estranha pós-final, de que a história pouco me tocou. Espero também, que essa resenha não desencoraje os futuros leitores desse livro, pois o que não me agradou ainda, pode agradar, e muito, você!

  • Forever Friday
  • Autor: Timothy Lewis
  • Tradução: Ana Paula Corradini
  • Ano: 2015
  • Editora: Novo Conceito
  • Páginas: 240
  • Amazon

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