Depois de uma tempestade torrencial, a água da chuva leva o barro, deixando uma parte de um corpo de uma jovem à mostra. Tudo indica ser Amélia, a filha de um deputado de Curitiba. Ela desapareceu há alguns meses, mas o caso foi arquivado, pois sua família achava que ela tinha fugido para outro país. As investigações são abertas, e a pressão na polícia é intensa. Amélia era professora do ensino médio e a princípio não tinha problemas com ninguém, então as suspeitas recaem sobre seu ex-namorado, uma suspeita frágil, no entanto. As investigaçoes não podem parar, pois há um mistério em torno desse assassinato.
![](https://www.estantediagonal.com.br/wp-content/webp-express/webp-images/uploads/2024/06/IMG_3892.jpg.webp)
A narrativa se desdobra em duas vertentes: no presente, acompanhamos a delegada Ana e o policial Júlio em uma investigação meticulosa para desvendar o assassinato de Amélia. O caso tinha sido arquivado, então eles precisam lidar com as questões envolvendo a investigação com muito cuidado; enquanto também somos levados ao passado da própria vítima, revelando sua vida até chegar ao dia de sua morte. Eu me senti envolvida com tudo e curiosa sobre o motivo do assassinato da jovem. Fui pega desprevenida no final.
O ponto positivo da obra é o fato da autora aproveitar para trabalhar assuntos de extrema importância, como o envolvimento de famílias poderosas nas investigações policiais. Além disso, o pai de Amelia é político, então isso também é um tem um peso enorme na investigação e no modo como a polícia conduz o caso. A autora faz críticas sutis, mas muito persistentes ao comportamento dos investigadores quando a morte a ser investigada é de uma pessoa importante. Gostei muito de como ela trabalha nesse ponto.
Continue lendo