Nas guerras civis japonesas no período Edo, muitos samurais e combatentes se encontravam e guerreavam até a morte. Nesse contexto, uma prática virou “moda’, o samurai que estava prestes a ser executado, implorava pela vida antes de levar o último golpe. Então, ele prometia pagar ao final da guerra a seu possível executor, para sair vivo dessa batalha, um valor em dinheiro muito alto. Como forma de garantir, era feito um contato na hora, normalmente em um pedaço de tecido. Nele ia o nome, endereço e a assinatura (o carimbo da mão ensanguentada do solicitante do perdão.
O mais impressionante é que depois da guerra, esse valor podia ser cobrado a qualquer momento, não existe validade no contrato. Então, muitas vezes, décadas depois que tiveram seus pedidos de clemência atendidos, esses samurais eram cobrados. Mas nem todos podiam ir atrás de suas dívidas, e assim entra nosso tomador de promissórias. Ele prestava seu serviço de samurai para ir até o devedor cobrar a dívida em nome de seu contratado. Caso o valor não fosse pago, seu papel era voltar com a cabeça do devedor.
A leitura de mangás tem me propiciado muitos novos conhecimentos, e, por isso, eu tenho gostado muito de ler mangás de estilos diferentes. Então, com O Novo Preço da Desonra não podia ser diferente, acabei conhecendo outro gênero dentro dos mangás. Hiroshi Hirata é considerado o mestre do jidaigeki (gênero que aborda “dramas de época”, ambientados durante o período Edo da história japonesa, de 1603 a 1868). Além disso, nessa época, a importância dos samurais era gigantesca, a ponto deles serem considerados, até hoje, figuras míticas.
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