Top Gun: Maverick – Crítica

03 mar, 2023 Por Alessandra Paccola

Trinta e seis anos após o sucesso do primeiro filme, Tom Cruise retorna às telonas com a sequência Top Gun: Maverick que, dessa vez, aborda o famoso piloto de caça em dilemas mais complexos, como a culpa pela morte de seu melhor amigo Goose em uma missão do passado e a atual convivência com o filho dele, Rooster, que também é condecorado na Top Gun, como um piloto de excelência.

Embora Pete “Maverick” Mitchell já não faça mais parte de seu antigo esquadrão, ele é retirado da sua função de piloto de teste e enviado para treinar essa nova geração de elite que está prestes a enfrentar uma missão perigosíssima: destruir uma carga de urânio subterrânea que ameaça o mundo com uma possível guerra. Porém, a tarefa não é tão simples, pois, para saírem vivos dela, será necessário construir em pouco tempo habilidades além das imaginadas e, mesmo assim, tudo pode dar errado diante da linha de defesa esperada nessa empreitada.

O começo do longa é puro “fan service”, entregando momentos icônicos de pilotagem e cenas belíssimas de Maverick na moto, com sua jaqueta que marcou uma geração, cenas muito similares às encontradas no primeiro filme da franquia. Mesmo assim, não é algo que incomode, pelo contrário, é parte da construção das cenas seguintes, já mostrando logo de cara porque esse piloto em especial se tornou tão famoso em manobras arriscadas, regadas de sua personalidade aventureira.

A convivência de Maverick com o filho de Goose não é boa. Por carinho, o piloto atrasou em alguns anos a entrada do jovem para a Top Gun, por medo de que acontecesse algo parecido com o final trágico de seu pai, deixando-o furioso com essa intromissão. Entretanto, como novo instrutor da nova missão ele precisará ganhar a confiança de todos, incluindo Rooster, e mostrar que o sucesso depende do espírito de equipe e não apenas da habilidade individual de cada um.

Ao longo da trama, acompanhamos os treinos diários da equipe em seus caças, as manobras que testam a gravidade e a tentativa de Maverick de mostrar os pontos fracos de cada um dos pilotos, tudo para que, ao final, possa escolher os melhores dentre os melhores.

Mas nem só de aventura vive esse filme. Uma história paralela de romance também faz parte da vida de Maverick, que reencontra Penny, uma mulher com quem já esteve várias vezes no passado, mas que não tem um relacionamento definido até então. A atração do casal é incrível e o desenvolvimento dessa união é muito doce e madura, algo que se destacou bastante para mim no filme.

As cenas finais da grande missão da Top Gun foram de tirar o fôlego, com vários momentos de tensão e um desfecho que, embora clichê, foi bem narrado, me fazendo vibrar de emoção, mesmo não sendo o público alvo desse gênero do cinema.

É um filme com uma história bem amarrada, que encerra com chave de ouro uma franquia tão especial para os fãs e que tem um fato curioso e interessante: Tom Cruise, que também foi um dos produtores do longa metragem, criou uma “escola de avião” para que os atores e colegas pudessem entender na pele como é ser um piloto de verdade.

Não é à toa que Top Gun: Maverick se tornou o maior sucesso de bilheteria do ator, faturando mais de US$ 800 milhões de dólares na bilheteria global.

Avaliação: 5 de 5.

  • Top Gun: Maverick
  • Lançamento: 2022
  • Com: Tom Cruise, Miles Teller, Jennifer Connelly
  • Gênero: Ação
  • Direção: Joseph Kosinski

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