A tão aguardada continuação de Ascensão das Trevas, Herdeiro das Trevas, finalmente traz Will sendo que nascera para ser: o mal encarnado! Aquele que pode trazer maldade e escuridão, e para alguns, a liberdade.
Após os acontecimentos do primeiro livro, acompanharemos Will e seu inseparável e leal companheiro na busca de deter o mal e seu despertar. Poucos — na verdade quase ninguém, exceto Will —, sabendo a verdadeira identidade daquele que ainda se intitula como filho da Dama, como descendente da luz e do bem.

Movendo mundos (não literalmente, embora às vezes pareça), o Herdeiro das Trevas, seu fiel vassalo — um Leão —, a filha da Luz e algo do passado que não deveria se mover sobre a terra, mas que agora respira, precisam encontrar meios de realmente vencer. E, talvez, descobrir se todos estão mesmo do mesmo lado — e, de fato, qual lado é. Para derrotar o mal, precisariam se unir a ele? Ou apenas rejeitá-lo e detê-lo da forma que fosse possível? Mergulhado num nevoeiro de incertezas, Will precisará descobrir se, ao seguir os passos de seu “eu do passado” para tentar impedir que o caos se repita, estaria apenas obedecendo às regras para destruir tudo uma segunda vez.
Trazendo a típica aventura onde personagens precisam viajar para se conhecer, e a seus passados, Herdeiro das Trevas peca num único detalhe… o tempo.
“As Trevas nunca desaparecem de verdade. Apenas esperam que o mundo as esqueça para se erguem outra vez.”

A aguardada continuação de Ascensão das Trevas enfim chegou à minha lista de leitura, tal qual não foi minha surpresa ao me deparar com um segundo livro, um tanto parado. Saindo do padrão de sua primeira trilogia, onde C. S. Pacat nos entrega um primeiro livro introdutório, um segundo com uma corrida para uma reviravolta de perder o fôlego e um terceiro com uma conclusão mais que boa, nessa trilogia, optou, aparentemente, pelo básico. Deixando o segundo livro nada além de uma continuação arrastada do primeiro, que ao meu ver, nada mais foi que um não prólogo. Até então, para mim, poderia ser uma duologia onde, boa parte desse segundo livro poderia ser riscada e deixada de lado, focando apenas nos 30% finais para com isso somar com o próximo (e até então) último livro dessa saga que mescla fantasia, romance impossível e personagens femininas com força e peso em batalha.
Queria ter apreciado mais a leitura, queria ter me empolgado mais. Uma lástima que o segundo livro foi um tanto mais fraco que o primeiro, mas sigo na vontade e curiosidade com o próximo. Torço para que a conclusão da história seja repleto de aventuras, dinamismo e um desfecho tão bom que seja inesquecível, tal qual a primeira trilogia da autora foi pra mim, figurando até hoje meus livros queridinhos!
Ainda assim, indico Herdeiro das Trevas para aqueles que buscam uma fantasia com pitadas de uma chance de romance, mas que não se frustrem com as poucas migalhas, e para aqueles que gostam de uma guerra entre páginas para apostar num final feliz, ou não.
Para aqueles que vão se aventurar nessa continuação, que a luz esteja com vocês ou que as trevas lhes sejam aliadas!

- Dark Heir
- Autor: C. S. Pacat
- Tradução: Marcela Filizola
- Ano: 2024
- Editora: Galera Record
- Páginas: 490
- Amazon