Por ser uma sequência, esta resenha poderá conter spoilers.

O final de Ônix foi extremamente chocante e agora todos sofrem as consequências da traição de Blake. Dee se afastou de Katy e já não é mais a mesma. A fuga de Will e o seu possível retorno é um perigo constante e iminente e Dawson, o irmão dos gêmeos, retornou depois de tanto tempo, ter sido dado como morto. Mesmo a baixo de tempestades, Katy e Daemon parecem se acertar. Após ter certeza que a atração e os sentimentos que cresciam em Daemon não eram apenas fruto, da conexão que se desenvolveu entre eles, Katy enfim se rendeu a este namoro, porém não parece ser justo eles estarem bem quando Dee se encontra em um luto silencioso e Dawson só deseja ter Beth de volta.

Com um pouco de treino, Katy agora desenvolveu seus poderes de híbrida e é capaz de coisas que antes eram inimagináveis. Seu poder deve ser mantido em segredo, pois ela pode cair novamente nas mãos erradas e o Departamento de Defesa continua de olho nela e nos Luxen. A Daedalus passa a ser uma nova ameaça, que pode capturar Katy novamente para usa-la como cobaia. A volta de alguém para a cidade colocara Katy e seus amigos em uma enrascada e muita coisa passar estar em jogo. Katy zela por sua segurança, mas sua preocupação com aqueles que ama poderá ser usada contra ela, sem escolhas e precisando redimir seus erros, Katy, Daemon e Dawson estarão dispostos a tudo para resgatar Beth das mãos desta secreta organização em uma missão quase que suicida.

O desconhecido não é algo muito bem aceito. As pessoas preferem ignorar… não completamente, apenas o bastante para que isso não fique interferindo em cada ato ou pensamento.

É desta forma, quase que sem fôlego, que retornamos a vida de Katy. E é incrível quanto percebemos a sua mudança desde Obsidiana. A garota agora já é uma mulher, já passou por muitas coisas e agora é dona de um poder absoluto. O que destoa completamente das mocinhas que costumamos encontrar em alguns romances sobrenaturais. Seu crescimento como personagem é um dos maiores destaques nesta trama, pois a cada página Katy me surpreende. Ela carrega muito peso em suas costas e não mede esforços para se redimir e provar seu verdadeiro valor entre os Luxen. Ela é uma personagem indispensável e tão forte quanto eles.

Daemon continua o cara de essência sedutora e cabeça-dura de sempre, principalmente lidando agora, com sua namorada, mas Katy consegue torna-lo mais flexível. Em Opala é possível enxergar uma faceta mais apaixonada de Daemon, um menino mais entregue aos seus sentimentos. O que pode ajudar e também atrapalhar em certas situações e decisões ao longo do livro. Particularmente, eu adoro Daemon por completo, mesmo em seus dias mais difíceis é possível compreende-lo e perceber todos os tons que ele carrega, do louco ciumento ao irmão, luxen e namorado altruísta.

A autora continua narrando tudo num ritmo perfeito, equilibrando os momentos leves da trama com aqueles cheios de ação, suspense e combates. Desta forma, a leitura é feita em um piscar de olhos e quando chegamos ao final só temos que lamentar por ter lido tudo tão rápido. Em Opala, Jennifer L. Armentrout irá não só dar mais profundidade ao enredo, como a ligação dos Luxen com o DOD e o que a Daedalus pretende e seus interesses, mas também irá aprofundar bastante os seus personagens. A relação de Daemon e Katy evolui bastante e a conexão que ambos compartilham rendem ótimas cenas para os dois.

A Saga Lux continua se encorpando a cada livro sem ficar cansativa. A cada um a autora insere novos conflitos e problemas. Como disse na minha resenha de Ônix, os Arums nem são mais vistos como reais ameaças, existe muita coisa envolvida e muitos mais perigosos na espreita. A Daedalus agindo de forma desenfreada pelos arredores também desencadeia uma certa preocupação e novos acontecimentos prometem impactar ainda mais a vida de Katy e Daemon.
Como alívio cômico para a história continuamos acompanhando Katy em sua saga como blogueira literária e mesmo na situação em que todos estes personagens se encontra, isso não é nem um pouco forçado pela autora. Os personagens continuam tendo tempo para viver e são nestes momentos que a preocupação dela em relação as suas leituras e resenhas aparecem. Eu amo demais estes momentos, pois como já disse, é impossível não se identificar. Sem dúvidas, isso é um presente da autora para seus leitores.

Continuo amando a saga, estes personagens e está autora. A Saga Lux é um romance sobrenatural sim, mas que não se perde em releituras absurdas de lendas e mitos que costumamos ler. É uma história original onde encontraremos aventura, muito ação e uma trama recheada de reviravoltas, conflitos e jogos de interesses. Claro, também teremos romance, nada meloso, a dose certa para nos apaixonarmos de vez por estes personagens tão carismáticos.

Curtiu? Confira todas as resenhas da Saga Lux.

Ainda teremos mais dois livros pela frente para concluirmos esta saga e certamente a rainha do cliffhanger, Jennifer L. Armentrout irá fazer uso de suas artimanhas com seus pobres leitores aflitos. O final é ainda mais agoniante que Ônix, terminamos os últimos parágrafos de Opala incrédulos e nauseantes por não termos a sequência em mãos. Resta esperarmos e torcermos por estes personagens. Tenho certeza que se você leu até aqui, está convencido que esta saga é viciante. Estou ansiosa demais para o próximo volume, onde tudo indica, ganharemos outro tipo de ferramenta narrativa para saga. Leiam logo!

  • Opal Lux #3
  • Autor: Jennifer L. Armentrout
  • Tradução: Bruna Hartstein
  • Ano: 2017
  • Editora: Valentina
  • Páginas: 416
  • Amazon

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