Olá pessoal tudo bem? hoje terei a honra de trazer a primeira entrevista nacional do blog, e eu fico muito feliz em saber que ela é de um autor nacional e o melhor, que já estudamos na mesma escola! Realmente Sr. Rudson quem diria que um dia eu estaria te entrevistando não é mesmo?
A alguns meses atrás resenhamos aqui no blog o livro Um Projeto de Cão Chamado Jill (se você não leu clique aqui) e hoje além da entrevista estaremos divulgando o seu mais novo projeto lançado por editora chamado O Cara que Escreve. Vamos ver o que o autor fala sobre ele?
“O livro está sendo traduzido, e pode chegar ao mercado italiano no ano de 2015. Eu fiquei feliz em saber que podemos lançar um livro na Itália, pois eu sou descendente de italiano, e isso vai alegrar muito a minha família. Mais uma vez o livro me trouxe coisas positivas, até mesmo para o seu criador. E a capa sombria que ele tem, basicamente é para mostrar que mesmo onde não existe luz, ou onde não enxergamos o lado bom das coisas, o livro e sua capa, querem dizer que só precisamos ver as coisas de uma maneira diferente.”

Sinopse: O Cara que Escreve

O livro retrata a mente de um escritor em seus momentos a pensar. Como a razão de um pintor de letras funciona e de onde vem sua inspiração? Dezenas de contos deste livro mostram como um escritor se prende a detalhes para pôr em palavras aquilo que sente, deseja e observa. Saibas como um escritor é capaz de lhe transportar para suas histórias ou como você faz parte delas sem ao menos perceber. São transbordos de reflexões, dizeres, gracejos e lampejos. Mergulhe em um mundo preso a uma caneta, um anjo e uma padaria qualquer. Como aquela que fica próxima à sua casa, e sabe-se se lá alguém com alma tão profunda não ficou a lhe observar…

Vamos a entrevista?



1) Atualmente, quantos livros tem publicados e quais são os gêneros?

Eu escrevi até agora 15 livros completos e estou trabalhando em 2 biografias de duas bandas do cenário consagrado do rock n’ roll. Isso totaliza 17 livros, mas eu estou começando a lançar eles aos poucos por editora, o primeiro foi “Um Projeto de Cão Chamado Jill” (livro sobre a minha história ao lado de uma cachorrinha pra lá de encrenqueira), agora vem “O Cara Que Escreve” (todas as informações sobre esse livro logo abaixo). E já com contrato assinado, os próximos são “Caos” (que retrata um pandemônio apocalíptico depois de guerras, deixando à humanidade a beira da extinção) e “Poeta das Trevas” (poesia e contos). Além de mais 2 contratos na gaveta, mas ainda não decidi qual dos meus pequenos vai ver a luz do sol. Eu estou indo aos poucos, para que um livro não ofusque o lançamento de outro, então eu acho que vou fazer dois por ano, no máximo três. Fora que eu ainda estou escrevendo mais 4 livros, então eu tenho muito trabalho pela frente!

2) Quando decidiu que queria ser escritor? Teve algum apoio da sua família? Qual foram suas inspirações? 
Eu sempre escrevi, mas jamais imaginei que um dia eu fosse chegar aonde cheguei com isso, com livros indo a mais de 12 países, por exemplo. Tanto que essas coisas mais antigas que eu tinha guardado, como textos, poemas e frases, se tornaram o livro “Poeta Das Trevas”, como um resgate do meu início, e eu acho que isso devia ser mostrado. Eu decidi me tornar um escritor quando percebi que as pessoas valorizavam o que eu estava fazendo, isso foi meu maior motivador. Meus pais se orgulham das coisas que acontecem devido aos livros e à positividade em torno deles, então isso me deixa contente também. A minha inspiração sempre veio da música, do rock n’ roll. Eu busco sempre me sentar no meu canto, ouvir música e escrever, é bem simples. Eu não tenho ídolo algum nos livros, nem livros como um “grande clássico”. Essa porrada de livros que eu tenho, na verdade são presentes que eu tenho ganhado, fora isso, eu tenho todo meu alicerce de inspiração na música.

3) Como foi escrever “Um Projeto de Cão chamado Jill”? E da onde surgiu esta vontade de compartilhar a história dela?
Esse livro foi um amontoado de sentimentos. Foi doloroso, divertido e gratificante, tudo ao mesmo tempo. Jill foi minha fiel escudeira, e toda aquela bagunça fora do comum que ela fazia não poderia ser “história de pescador”, ela era realmente diferente. Então eu sempre escrevi textos sobre ela, e quando coloquei no Facebook, as pessoas elogiaram demais e ficavam acompanhando as coisas sobre ela. Foi então que tive a ideia de fazer um livro com tudo o que ela fazia e era. Sou muito grato por tudo o que Jill me deu, desde quando estava ao meu lado, todo amor e carinho dela, a fidelidade e como ela cuidou de mim. E depois que ela partiu deixou esse livro, e esse livro é o grande responsável por tudo o que aconteceu comigo no ramo literário. Jill me abriu todas as portas, minha gratidão a isso vai ser eterna e ela continua me zelando…

4) Este ano você foi a Bienal do livro em SP e vai participar também da feira do livro em POA. Como foi isso? Você alguma vez, chegou a achar que isso poderia acontecer? 
Não, mas isso é uma coisa que vem do meu próprio caráter. Tudo o que eu faço na vida, eu nunca penso que “pode acontecer isso ou aquilo”. Eu nunca conto com nada, nunca planejo nada e se tudo der “errado” eu simplesmente não me decepciono. E eu não sou negativo, eu só não fico ligado a viver de sonhos e de uma positividade que se não realizada, faz do momento algo negativo. Então como eu não espero nada, tudo o que acontece, o mínimo que seja, eu comemoro muito. E sou muito grato por tudo o que tenho, por aquilo que conquistei e por esses momentos que venho desfrutando.

5) O que podemos esperar do seu lançamento ” O Cara que Escreve”? 

O livro é um amontoado de textos que eu gosto de escrever, aleatoriamente, ou dedicado a um assunto específico. Eu consegui juntar todos esses textos e construí uma história por detrás de cada um, com isso, “O Cara Que Escreve” nasceu. O legal disso tudo, é que alguns textos eu já havia postado em minha página antigamente, e assim, diversos textos se espalharam por aí. Como por exemplo, uma escola de formação de pilotos comerciais e de comissários de voo, que usa alguns textos para motivar os alunos ou em aulas de encerramento. Também existem textos que foram parar na Força Aérea Brasileira. Além de duas casas de recuperação de dependentes químicos. Outro texto também é usado para ajudar pessoas com problemas de alcoolismo, e saber disso me deixa muito orgulhoso.

Todo o texto do livro é um retrato de algum problema que qualquer um pode enfrentar, coisas da vida, sobre o amor, intrigas, depressão e como podemos reverter situações ruins. Com isso eu percebi que esses textos ajudam as pessoas e resolvi fazer o livro para deixar todos eles juntos e ao alcance de quem precisa, e no fim, se tornou basicamente um livro de autoajuda, assim por se dizer. Mas eu o considero mais um livro de reflexão e de como podemos ser melhores com nós mesmos e melhores com as pessoas a nossa volta. Se de alguma forma esse livro, ou algum de seus textos já ajudou alguém, eu acredito que a missão foi cumprida.

6) E quanto aos personagens?

Na história do livro, um escritor desacreditado do mundo e das pessoas, resolve pôr em palavras tudo aquilo que ele sente. Depois ele tem um encontro nada comum com um homem de terno branco em um beco qualquer da cidade. Esse homem lhe entrega um relógio dourado, que não conta os segundos, e sim, os batimentos cardíacos do escritor. Ele então começa a escrever seus versos, lutando contra o relógio e contra o tempo que ele não sabe se tem. Com isso, o livro se torna um amontoado de contos de alguém que queria que as pessoas fossem melhores, que vivêssemos em uma sociedade mais justa e não tão egoísta. O livro é apenas alguém que acreditava que pudesse mudar o mundo. E quem era o homem de terno branco e o que seria o relógio dourado? Descubra…
7) Além do seu novo livro, podemos esperar mais novidades por aí? 
Bom, eu venho trabalhando para que os lançamentos de livros pendentes aconteçam, mas claro que eu sempre estou escrevendo. Livro novo, estou escrevendo muito sobre um serial killer de mulheres, mas como ele vai ser brutal, não sei se considero seu lançamento tão cedo. Acredito ser forte, ele brinca com as vítimas, faz armadilhas e usa métodos bem medonhos. Outro que eu tenho dado atenção é um livro sobre uma “máfia moderna”. O tipo de grupo de bandidos que podem ser seus vizinhos. Então vem por aí roubos de carro, tráfico de drogas, prostituição e uma grande dosagem para maiores de dezoito anos.

8) Qual sua recomendação aos novos escritores? 
Na verdade isso é a coisa mais estranha que eu faço. Pois quase que diariamente eu falo com outros escritores, mas eu não me considero um veterano na área. Eu tento dar conselhos do que for melhor para eles, e não para as editoras. O escritor é o artista, eles não precisam sair assinando o primeiro contrato que aparecer desesperadamente. Outro assunto que eles sempre me indagam, é como “fazer para não perder a inspiração?”. Quando na verdade eu acredito que isso não existe, eu escrevo livros há dois anos, mas eu sempre sento lá e escrevo. Eu não preciso de um ponto de referência, de uma ideia, eu só preciso ir pro meu canto com o meu café que a mágica acontece. E eu não sei explicar isso, todo dia eu escrevo, e se eu for ao meu canto para fazer isso, a minha cabeça já se enche de ideias e eu fico até nervoso tentando colocar tudo no papel. Eu não sigo regras, eu faço aquilo que eu acho que tenho que fazer, e eu acho que todo mundo deveria ser assim…

9) Deixe um recado para os leitores do Estante Diagonal. 

Primeiro eu agradeço a atenção por dedicar seu tempo à entrevista. Queria dizer também que gostei muito dos comentários que eu li aqui desde a minha última passagem pelo blog. Espero que continuem acompanhando o que eu tenho feito, e estou sempre disposto a atender todo mundo. Muito obrigado!

Conheça o autor:

Rudson Xaulin, 26 anos, é natural de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil. Começou a escrever desde seus primórdios, mas ele considerava suas colocações e rimas como música. Quando essas canções começaram a ficar muito extensas, ele passou a escrever suas crônicas. No decorrer do tempo ele escreveu três textos sobre Jill, os quais mais tarde virariam o seu vindouro livro. Depois disso, ele nunca mais largou a escrita, e pelo caminho já coleciona diversos livros e ainda está trabalhando em mais alguns projetos. Em menos de dois anos ele disponibilizou para seus leitores seis obras, sendo que mantém outros três livros finalizados e guardados. O diferencial do autor está na sua inspiração, que vem, na verdade, de toda a música. Rudson Xaulin não tem um ídolo das letras e nem um livro como um clássico. O autor é influenciado pelo rock n’ roll e já coleciona amizade com grandes ícones do gênero.

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