É um eufemismo dizer que eu estava muito ansiosa para ler Glória e Ruína. Após o final da leitura de Graça e Fúria, eu fiquei em choque com os acontecimentos e não via a hora de ter o segundo volume em mãos. Assim que pude, eu o peguei e devorei em poucos dias. Glória e Ruína se inicia exatamente onde o primeiro livro se encerrou.

Após a batalha em Monte Ruína, Serina, Val e as outras mulheres estão tentando limpar tudo e ao mesmo tempo pensando em um modo de sair da ilha sem serem presas novamente. Todas querem sua liberdade e então ir para Azura, um país onde as mulheres não são tratadas como seres inferiores e não são maltratadas, é a única opção viável. Ou elas podem tentar tomar o poder e fazer de Viridia um bom lugar para todas. Como isso poderia funcionar?

Ela devia saber, em Monte Ruína, sobrevivência significa dor.

Nomi presa segue de barco para Monte Ruína após a traição de Asa contra o pai e o irmão Malachi. Malachi está muito ferido e tudo que Nomi mais quer é que ele não morra, pois ela sabe que ele poderá ser um grande aliado. Ao chegar em Monte Ruína, Nomi encontra o lugar tomado pelas mulheres e sabe que isso poderia ser uma chance de criar uma grande revolta, principalmente com o herdeiro do trono vivo. Mas será que um punhado de mulheres é suficiente para mudar todo um país?

Terminei Glória e Ruína com o coração bastante apertado, mas também muito aquecido. Que livro! Chorei, sorri, chorei e sorri novamente. Foram tantas perdas até o final que não sei como sobrevivi a toda intensidade dos acontecimentos dessa leitura. São vários momentos e quotes marcados no livro e na minha memória. Não tem como esse Glória e Ruína não virar um novo favorito para mim!

Algo que acho incrível é que o romance não vira algo predominante na história, apesar de estar inserido nela. Cada garoto que formam um par romântico com Serina e Nomi tem um papel fundamental para que o enredo funcione de maneira satisfatória, mas sem comprometer o protagonismo dessas duas irmãs tão incríveis. Serina continua sua jornada de amadurecimento e autoconfiança (ainda minha irmã favorita) agora que faz parte da liderança do Monte Ruína. Nomi iniciou muito bem, mas se perdeu um pouco na história em Graça e Fúria, porém neste, está mais centrada no objetivo de libertar todas as mulheres de Viridia junto com sua irmã nesse segundo volume. Uma dupla que tem muito poder nas mãos lutando juntas pela sua liberdade e a de todas as mulheres de Viridia.

Então me ajudem a ser a solução. Me ajudem a retomar Viridia. Me ajudem a resistir.

Além de Serina e Nomi, temos várias outras garotas nessa história que fazem a diferença, por este motivo que todos os momentos mais intensos da leitura me deixava ao ponto de ficar revoltada caso algo ruim acontecesse com elas. Em várias ocasiões tive vontade de entrar no livro e esbofetear um certo personagem, mas vou evitar falar quem. Nada é explícito na história, e nem é necessário, pois durante a narrativa é possível perceber tamanha crueldade dos acontecimentos que envolveram os personagens.

Cada um deles faz a diferença na jornada que Glória e Ruína segue, cativando essa leitora aqui e me deixando mais ávida por mais até chegar em sua conclusão. Confesso que depois que terminei a leitura, eu bem que gostaria de um terceiro livro ou até mesmo de um conto para ver como as coisas estavam indo depois de um final tão impactante.

Assim como Graça e Fúria, Glória e Ruína tem um enredo fluído e gostoso de acompanhar. A autora Tracy Banghart continuou com uma escrita maravilhosa e cativante que eu espero sinceramente que continue assim e que possamos ter mais livros dela aqui no Brasil.

  • Queen of Ruin
  • Autor: Tracy Banghart
  • Tradução: Isadora Prospero
  • Ano: 2019
  • Editora: Seguinte
  • Páginas: 312
  • Amazon

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