O Resgate no Mar é o terceiro volume da série de 10 livros, Outlander. Sete dos oito volumes publicados nos Estados Unidos já foram lançados aqui no Brasil há muito tempo pela editora Rocco. Mas há algum tempo a publicação da série está nas mãos da editora Arqueiro, que já publicou 6 livros, sendo que os 4 primeiros também foram lançados com capa da série de TV. O primeiro volume que apresenta essa história apaixonante é A Viajante do Tempo, e os títulos seguintes são: A Libélula no Âmbar, Os Tambores de Outono, A Cruz de Fogo, Um Sopro de Neve e Cinzas, Ecos do Futuro e Written in My Own Heart’s Blood. Os dois últimos livros ainda não têm previsão de lançamentos lá fora.

Neste livro saberemos que Claire finalmente descobre, depois de muitas pesquisas e com a ajuda de Roger Wakefield, o que aconteceu com Jamie, as evidências mostram que ele não morreu e ao que tudo indica está em Edimburgo. Essa descoberta coloca Claire em uma posição difícil, voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha do casal. Mas Brianna incentiva a mãe a ir reencontrar o amor da sua vida, e assim elas descobrem como passar pelas pedras de Craig na Dun. Ao finalmente atravessar as pedras, Claire irá encontrar um novo Jaime, agora dono de uma casa de impressão em Edimburgo. O primeiro momento do reencontro entre eles é complicado e estranho, contudo entre a tensão e paixão, o casal vai se redescobrir. E assim, juntos novamente, vivendo novas aventuras, eles precisam recuperar o tempo perdido.


Sempre que penso na minha decisão de ler Outlander, eu fico feliz, pois eu não teria começado a série se não fosse uma decisão repentina de ler o primeiro livro. Agora, completamente apaixonada pela história, eu não acredito que já consegui ler três volumes da saga. Quando li, no segundo livro, os capítulos em que Claire estava no presente, eu ansiava para que ela descobrisse um modo de voltar ao passado e reencontrar Jaime, e por esse motivo eu estava tão ansiosa para a leitura de O Resgate no Mar.

Ao concluir a leitura desse terceiro volume cheguei à conclusão que esses livros não são para qualquer um, com certeza há uma necessidade de amar a série logo em A Viajante do Tempo e não desistir em A Libélula no Âmbar, pois a leitura do terceiro se mostrou mais lenta do que as anteriores. Como de costume a escrita da Diana é detalhada e envolvente, além disso ela segue a mesma linha de início, com a primeira parte da narrativa fazendo papel de introdução para os acontecimentos que virão em sequência. Eu gosto muito desse estilo de narrativa, pois mostra como a autora está preocupada em mostrar como tudo acontece, sem que nada falte ao leitor.

Finalmente vamos ter o reencontro tão esperando de Claire e Jaime, que foi muito mais estranho para mim do que para eles. Eu achei o reencontro digno e nada forçado, pois foram 20 anos separados, e muita coisa aconteceu nesse tempo. Mas não podemos esquecer que estamos falando do casal mais encrenqueiro que existe, então poucas páginas depois eles já estavam metidos em confusão. Com isso, eu descobri que estava com muita saudade de ver os dois juntos. Assim como nos livros anteriores, tanto Claire quanto Jaime vão ter que, novamente, superar os acontecimentos decorrentes da distância, pois cada um teve uma nova história longe do outro e vai ser difícil para eles assimilar essas informações.

Lar é o lugar onde você sempre deve ser aceito quando precisar.

Durante boa parte do livro vamos acompanhar a narrativa focada em Jaime e no que aconteceu com ele nesses 20 anos. Eu fiquei impressionada com o poder que a Diana Gabaldon tem de me fazer sofrer, a Jaime também, é claro. Mas a autora impressiona ao omitir do leitor um acontecimento importante, que só ficamos sabendo quando Claire descobre, assim era eu e ela indignadas com uma decisão que Jamie tomou nesse período. Para falar a verdade eu ainda não me conformo, achei sacanagem! É óbvio que novos problemas surgirão e muita acontecerá, mas a lealdade de um para com o outro permanece intacta.

Sem suma, a trama da história seguiu em uma linha diferente, em parte do livro vamos estar em alto mar e depois na Jamaica. A narrativa em alguns momentos é morna e sem grandes acontecimentos, principalmente nas partes dedicadas para matar a saudade de personagens queridos, como Jenny e Fergus. Fiquei muito feliz em revê-los! Mais uma vez, Diana apresenta novos personagens que apaixonam ou que revoltam.

O Resgate no Mar foi uma leitura para confirmar meu amor por essa série incrível! Já estou ansiosa pelo quarto volume, Os Tambores de Outono.

  • Voyager
  • Autor: Diana Gabaldon
  • Tradução: Geni Hirata
  • Ano: 2018
  • Editora: Arqueiro
  • Páginas: 992
  • Amazon

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