Hoje vamos falar dela, a princesa do povo, Lady Diana Spencer em um livro publicado em 2013 e que causou um alvoroço dentro dos portões do palácio de Buckingham, Diana: Sua Verdadeira História por Andrew Morton

A edição de Diana: Sua Verdadeira História possui fotos únicas, fornecidas pela própria princesa, além de uma longa reflexão sobre como ela conseguiu atrair a atenção de todos (mídia e público) não só nacional, mas internacionalmente. Além do que se sucedeu após a publicação desse livro e claro das duas entrevistas cedidas pelo Príncipe Charles e de Diana à canais de televisão sobre as traições de Charles e o fim do casamento real, que trouxe em torno de 750 milhões de pessoas para a frente da televisão, e que infelizmente acarretaram na sua morte. 

O autor Andrew Morton utilizou as palavras da própria princesa para compor um livro que, quando lançado, causou um pandemônio na vida da família real, expondo a sua frieza, a falta de acolhimento, e principalmente, o tratamento para com a princesa perante os erros e traições do Príncipe Charles (hoje Rei Charles III). 

Esse livro foi escrito com a ajuda de Diana, com gravações feitas em várias vezes por telefone, onde a princesa conta como foi sua vida desde suas memórias de infância, passando pelo dia em que conheceu o príncipe real, que na época estava em um encontro com sua irmã. Passamos pelos dias de namoro, onde o abuso e invasão da imprensa começou em sua vida, lhe causando diversas crises de ansiedade, e claro, a presença de duas mulheres que cercavam sua vida e lhe fizeram tomar a decisão de escrever esse livro: Camilla Parker Bowles (seu nome de casada na época que mantinha um caso com Charles) e a Rainha Elisabeth II, mãe do príncipe e claro a Rainha da Inglaterra. 

Em Diana: Sua Verdadeira História vemos aquilo que já sabemos sobre a monarquia britânica, ou sobre o povo britânico em sua maioria, eles não são um povo que demonstram emoção, são considerados um povo frio e graças ao olhar de uma pessoa que não cresceu nesse meio de vida, pudemos ver que a Rainha, em todas as divergências relacionadas ao relacionamento entre seu filho e a Princesa de Gales, tomava o partido do filho. Claro, mantendo em mente que a monarquia precisa manter a pose e não deixar esse tipo de acontecimento abalar sua imagem. 

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Existe uma passagem na leitura em que Diana faz uma reclamação sobre seu relacionamento, de que Charles não estava sendo um marido decente ou um pai participativo, pois logo após dar a luz a um de seus meninos, ele a deixou para ir a uma partida de golf. Esse acontecimento faz um paralelo com um episódio da série da Netflix: The Crown, onde Philip, o Duque de Edimburgo, pergunta para Elisabeth, qual seria seu filho favorito e ela responde que não tem, pois ama a todos igualmente, mas Philip responde que sim, ambos têm seus filhos favoritos. Ao contrário do que Elisabeth pensava (ou achava que pensava), Charles sempre foi seu favorito, e que tomava sim seu partido em momentos que deveria pelo menos utilizar um pedaço de humanidade em relação as atitudes do filho. 

Mas não é só isso que vemos nesse livro, nele também vemos o porquê de Lady Di ser chamada de a Princesa do Povo. Diana era o tipo de pessoa que se aproveitou da visibilidade e da parte financeira que começou a ter acesso para ajudar quem estava em situações difíceis, fossem elas crianças em abrigos ou hospitais onde residiam pessoas com HIV, doença considerada na época altamente perigosa. Isso, claro, não afetava Diana. Na verdade, isso a dava força para continuar, mesmo com seus problemas como a bulimia e a depressão, encontrava forças para se manter firme e na luta para se ver longe daquele circo que sua vida havia se tornado, ainda mais com a perseguição da imprensa.

Diana Spencer, a Princesa de Gales ou a Princesa do Povo, foi uma mulher com sonhos e amores assim como problemas e temores, que podem ou não ter levado a sua fatídica morte na madrugada de 31 de agosto de 1997. Lady Di, como segue sendo chamada, não parece ter nenhum sinal de que será esquecida, e seu legado, assim como suas memorias e palavras já estão escritas no livro da vida e serve de inspiração para todos, sua grandeza, sua força, seu amor incondicional pelos filhos e claro, sua compaixão.

Avaliação: 4 de 5.

  • Diana: Her True Story - In Her Own Words
  • Autor: Andrew Morton
  • Tradução: Lourdes Sette, A. B. Pinheiro de Lemos
  • Ano: 2013
  • Editora: Bestseller
  • Páginas: 350
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